DOC Douro, Cima Corgo
A primeira edição (2014) resultou da primeira vindima de uma vinha nova no Douro Superior. Era algo de muito "Improvável". Embora pareça um contrassenso, algumas vezes as videiras muito jovens conseguem produzir uvas com incrível concentração de fruta, acidez e taninos. Exemplos disso são o bordalês Le Pin de 1982 ou o Porto Vintage Noval Nacional de 1931, ambos vinhos inacreditáveis, resultantes da primeira vindima de videiras novas. Agora, nesta sexta elaboração (2021), o "improvável" já não é a vinha nova, porque já o deixou de ser, mas sim toda a região. Quando se olha para ela com atenção, é realmente uma região extrema, cheia de "improbabilidades", a começar pelo clima agreste, as fortes pendentes na montanha e o solo de xisto onde não se entende como em tanta pedra pode vingar uma videira. E com tantas coisas "improváveis", a vibrância e a concentração de fruta negra que nos encantaram nas edições anteriores aparecem novamente e sempre ligadas ao aroma das melhores barricas de carvalho francês de 225 litros.